quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

NAIPE FATAL





Os memorandos e os tratados assinados



por gente ressabiada e paranóica 



os remédios nunca antes experimentados



quiseram levar ainda mais além da troika

provocando danos económicos escusados

com alarvidade e indiferença estóica

no País tamanha austeridade lançaram

 causando destruição, que ignoraram


by dumoc

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o NAIPE FATAL também conhecido por
DIREITA RADICAL ou AUSTERIDADE BESTIAL

(quase) completo está aqui em baixo, 
pois como batoteiros, falsos e esquivos,
jogam com mais cartas que não estão no baralho

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Maria Luís Albuquerque foi à Alemanha fotografar-se com Wolfgang Schäuble.

 A portuguesa não foi ao beija-mão.

 Foi pior do que isso, o alemão é que achou que devia dar uma mão
 à sua fiel Albuquerque.

Escrevi fiel, não leal. Lealdade é sentimento entre iguais.

No final da reunião do Eurogrupo, que abriu uma porta, o grego Varoufakis disse o que se ia fazer:

 "Acordamos (...) uma nova lista de reformas que vamos abordar de um modo escolhido por nós em colaboração com os nossos parceiros. Não iremos continuar a seguir o guião que nos foi dado por agências exteriores." 

Isto é, o grego disse: estamos em crise, mas não deixamos de ser um país independente. Isto é, não aceitou ser o "protectorado" que o governo português disse com todas as letras ser.

Sobre os que governaram assim, Varoufakis disse: "Eles nunca imaginaram a possibilidade de dizer não. Quando não se consegue imaginar a possibilidade de dizer não, não se está a negociar. E quando não se está a negociar numa situação como a da crise da zona euro, acaba-se a aceitar um acordo em que no fim (...), além de mau para os fracos, é mau para os fortes."

A Alemanha reconheceu isso e vai mudar.
Por isso é que piedosamente deu uma mão aos seus fiéis.

Quando os lusitanos Audas, Ditalco e Minuro, comprados pelo general romano Cipião, mataram Viriato, foram pedir a paga.

Foram mortos e expostos com um cartaz:

"Roma não paga a traidores"

Sorte a do governo português
 Berlim paga

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elogio à compaixão da Alemanha



"foi nojento de ver"

Dumoc

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agora Passos e Cavaco querem 
 convencer-nos de que ser normal é ser distraído


DO RISO E DO ESQUECIMENTO 

O problema de Passos não são os descuidos com os pagamentos ao Estado. Com as manhas de Passos podemos nós muito bem.

O problema está nos empregos que o homem teve. Esses sim manhosos e sem utilidade.

Passos Coelho nunca fez nada de jeito na vida. Foi deputado acumulando, mas o que fazia no que acumulava não servia para nada. Uma espécie de calceteiro marítimo.

Os descontos para o Estado são assim pouco esclarecedores. As dúvidas nascem como cogumelos.

Descontava em relação a quê, se ele próprio não se lembrava do que recebia? 

O esquecimento é uma nova doutrina nacional. A formação foi feita às pinguinhas por causa da política, e a política foi uma pinguinha de coisa nenhuma.

Entretanto leu livros que nunca foram escritos — foi Pacheco Pereira que deu pela marosca, quando denunciou a revelação por Passos da leitura de um livro de Sartre que o filosofo francês nunca publicou —, deu entrevistas sem jeito e andou por aí a convencer incautos de que era um ser superior.

Tudo tanga. Acabou por acontecer o pior. Para ele e para nós.

Lembrou-se que poderia ser primeiro-ministro. Num congresso do partido que nunca foi social-democrata, apresentou-se, subiu ao palanque e saiu de lá vencedor. Parabéns à prima.

Agora quer convencer-nos de que ser normal é ser distraído. Como se a gente não soubesse como elas nos mordem quando nos esquecemos de pagar seja o que for ao Estado.

Exige rigor, mas não é rigoroso. Um homem sem qualidades que juntou uma trupe de gente que faz jus aos seus intentos.

Para o que o neoliberalismo os queria serviam perfeitamente. Só que agora perceberam que há pedras no caminho. Eles não se importam nada com isso. Um toque no calhau com o pé e para a frente é que é o pote.

Entretanto até há páginas no facebook de apoio a esta fraude humana. Este palerma, para além de não se demitir, vai-se apresentar ao eleitorado como o grande salvador da pátria.

Triste pátria que tais salvadores nos fornece. Os próximos meses vão ser terríveis.
PUBLICADA POR JOSÉ TEÓFILO DUARTE em http://blogoperatorio.blogspot.pt/

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