terça-feira, 27 de maio de 2014

Podemos viver sem ler

"Podemos viver sem ler, é verdade; mas também podemos viver sem amar: o argumento mete água como uma jangada conduzida por ratazanas.



Só quem já esteve apaixonado sabe o que o amor oferece e tira; só quem já leu sabe se a vida merece ser vivida sem a consciência daqueles homens e mulheres que nos escreveram milhares de vezes antes de termos nascido.



E que ninguém sorria perante estas linhas. Por uma vez, e sem que sirva de precedente, foram escritas exclusivamente a partir da emoção."

In “O Revisor“, de Ricardo Menéndez Salmón




Sinopse
Em 11 de março de 2004, a história de um país denominado Espanha sofreu uma mudança irreversível. Este romance fala-nos desse dia terrível e, mais tarde, da sua reconstituição por um revisor de provas. Um revisor que é obrigado a corrigir os erros dos outros e que, naquele dia, tropeça numa errata incorrigível escrita no livro da realidade.

Concebido como o testemunho de um cidadão comum, mas sobretudo como uma confissão de amor, O Revisoré uma homenagem àqueles que nos permitem manter o bom senso nos tempos de incerteza e um testemunho impressionante acerca do poder do amor nas suas diversas formas
- a amizade, a paternidade, a sexualidade - como abrigo contra a inclemência da vida e contra as mentiras do Poder.

Assim, se A Ofensa indagava a Segunda Guerra Mundial num cenário de História lida e interpretada, se A Derrocada se interrogava, a propósito dos nossos medos, através da História intuída ou imaginada, O Revisor aproxima-se, sem rodeios, através do narrador implacável, da História vivida e protagonizada na primeira pessoa.

Com este romance, Ricardo Menéndez Salmón termina a Trilogia do Mal que o guindou a um lugar cimeiro na literatura espanhola.


Dumoc atribuí a esta trilogia      



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