sexta-feira, 23 de maio de 2014

Coelho e Seguro ou Dupont e Dupond

Os cacofónicos discursos e entrevistas de Passos Coelho e de José Seguro além de conclusões do nosso infortúnio, trazem-me à memória ‘Dupont e Dupond’

As duas figuras da banda desenhada converteram-se em intemporais, na personificação do disparate e da estupidez; concebidas pelo célebre Hergé nas ‘Aventuras de Tintim’.



Uma das particularidades do ridículo dueto é o segundo dizer, de modo 
idêntico ou semelhante, uma frase que o primeiro pronunciou.


Além da tacanha maldade, é objectivamente este tipo de paradoxo do pleonasmo que serve de padrão mais comum às posições do governo e da oposição PS.

Numa entrevista, Coelho diz:

“Portugal não precisa de mais dinheiro nem de mais tempo”

Por sua vez, Seguro afirma:

“Não precisamos de mais tempo nem de mais dinheiro”.

A réplica de ‘Dupont e Dupond’ pelos dois políticos até poderia ser considerada uma espécie de sketch humorístico. 

O mais grave, porém, é sentirmos que das condições do projecto da patroa germanófila e do seu subserviente servidor Coelho têm resultado falências, desemprego, quebra do PIB, agravamento do endividamento, saída dos mais qualificados e mais um ror de desvios

que o “Vice –Trampolineiro” Paulinho Panisgas, outra figura da banda desenhada, bem como a ‘troika’ produziram zelosamente no âmbito do ‘programa de arrasamento” que, em linguagem directa e objectiva, não passa de ser ‘a aventura do nosso afundamento’. Tudo com a complacência de Tó Zézinho Inseguro que não consegue fazer verdadeira oposição nem para que lado há de cair.


Com o poder político entregue à direita mais reaccionária e radical de que há registo desde o dia 25 de Abril de 1974 – Presidência da República, Governo e maioria PSD/ CDS na Assembleia da república, Mão Morta anunciam disco novo: Pelo Meu Relógio São Horas de Matar

UM GRITO DE REVOLTA



que sai no dia a seguir às eleiçõe, dia 26 de Maio.
O vocalista e letrista, Adolfo Lúxuria Canibal, designa a sonoridade do novo álbum como "pesada" e explica por que razão quis fazer, neste momento, um "álbum militante": "os tempos são de intervenção e é um dever e uma necessidade interna de cada um de nós dizer 'basta, chega, estamos fartos'".

A intenção não é, ressalva, fazer um disco de intervenção à moda dos anos 70, mas adotar uma "intervenção menos direta, mais poética, que exprima o nosso mal-estar".



Do alinhamenmto das canções do disco faz ainda parte 
"Os Ossos de Marcelo Caetano" (canção definida como "uma espécie de manifestação", cuja letra tem apenas os versos "Os ossos de Marcelo Caetano / Estão de volta ao Palácio de S. Bento!")

Na opinião de Dumoc, que de maneira nenhuma quer deixar de influenciar os votantes para as próximas eleições do Parlamento Europeu, a realizar no próximo Domingo, dia 25 de Maio, e que segundo as sondagens,ainda existe um nº muito significativo de otários, que apesar do "tratamento" que a coligação no governo, tem aplicado ao longo destes 3 anos ainda pretendem tornar a votar neles.

Outra ala (significativa) de otários pretende votar no PS, esquecendo que foram eles próprios que causaram a eleição desta desgraça Nacional.

Dumoc lança o mote: Pelo meu relógio está na hora de votar! está na hora de mudar!