quinta-feira, 13 de junho de 2013

THE OVERVIEW EFFECT

Coisas algo estranhas acontecem aos astronautas quando regressam depois de terem contemplado a nossa bela bola azul - A TERRA - do espaço



The Overview Effect — Space Exploration and Human Evolution (Houghton-Mifflin, 1987)

O efeito geral é uma mudança cognitiva na consciência relatado por alguns astronautas e cosmonautas durante o voo espacial, muitas vezes durante a visualização da Terra em órbita ou a partir da superfície lunar.Refere-se à experiência de ver em primeira mão a realidade da Terra vista do espaço, que é imediatamente entendida como uma minúscula bola frágil que alberga a vida, pendurado no vazio, protegida e alimentada por uma fina camada de atmosfera. Do espaço, os astronautas dizem-nos que as fronteiras nacionais desaparecem, os conflitos que dividem as pessoas tornam-se menos importantes, e a necessidade de se criar uma sociedade planetária de  Estados com a finalidade de de proteger este "frágil ponto azul" torna-se óbvia e fundamental .

Observações feitas por terceiros a esses indivíduos relatam uma diferença notável na sua atitude. Os astronautas Rusty Schweikart , Edgar Mitchell, Tom Jones, Chris Hadfield  e Mike Massimino, todos eles relataram que experimentaram o efeito.

O termo e o conceito foi cunhado em 1987 por Frank White, que os explicou no seu livro The Overview Effect — Space Exploration and Human Evolution (Houghton-Mifflin, 1987), (AIAA, 1998).

Ao ver pela primeira vez o nosso planeta por inteiro, do espaço, e a compreensão de que tudo, absolutamente tudo, o que nasceu e morreu, tuda a História, toda a evolução todas as invenções, criações, arte guerras... teve lugar nessa linda esfera azul, autentico oasis a flotuar no vazio e ao mesmo tempo tão frágil, dá-se uma subita revelação, junta-se a peça do puzzle que faltava para ter a resposta. Dá-se uma epifania.

Uma noite (ou muitas) passada a olhar as estrelas (stargazing) com boa visibilidade e de preferência com uns bons binóculos (ou mesmo uma ida ao Planetário) na companhia de quem possa ensinar alguma "coisinha" contribui em muito para o "despertar da mente".

Paradoxalmente agora que o homem alcançou a possibilidade técnica de modificar o seu futuro, também as multidões, maioritáriamente concentradas nas grandes metrópoles, perderam a capacidade de olhar as estrelas. Devido à poluição luminosa e ao facto de não terem tempo para NADA, a maioria só consegue ver a Lua, perdendo assim uma ligação milenar com o cosmos e os correspondentes sentimentos de beleza, exaltação, admiração, respeito...por ele induzidos.

Como a maior parte de nós nunca poderá ir ao espaço, ver o Planeta Mãe como um todo, sentir a imponderabilidade a actuar sobre o corpo, sugiro como alternativa:

1º Mergulhar em águas marinhas calmas, limpidas e com uma temperatura agradável que permita a não utilização dum fato de mergulho. A ausência de peso é uma sensação fora do normal que nos ajuda a "voar" a alteração dos sons debaixo de água como que nos transporta para outra dimensão, e o contacto com a água no corpo (daí a importância da temperatura) aliados aos efeitos da luz solar a reverberar no meio aquático provocam uma sensação de experiência quase "extra-planetária".

2º Subir a picos montanhosos acima dos 3000m (onde já não existe práticamente vida) e escutar o silêncio (por vezes o bater do próprio coração é o único som) e olhar o horizonte. ver o sol (e os astros) a rodarem na sua "coreografia" cósmica...

Dumoc
“Child” of the Universe in the Earth year 2013

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