A ciência fez tantos avanços, que desfrutamos de facilidades e soluções inimagináveis, apenas há umas poucas de décadas atrás.
O que então era domínio exclusivo da ficção científica, integra hoje o nosso dia a dia duma maneira tão habitual que nem o notamos ou compreendemos.
Quantos utilizadores percebem, realmente, o funcionamento dum telemóvel ou de um forno micro ondas?
No entanto todos temos a percepção que seria impossível, ou totalmente calamitoso ter que voltar atrás.
A Ciência tem vindo a tomar um papel central na civilização humana, ao ponto de somente nela residir a esperança de prosperidade e da sobrevivência da raça humana, mas, paradoxalmente, colocando ao mesmo tempo ao dispor do seu livre arbítrio a possibilidade da sua auto-aniquilação.
Neste momento de encruzilhada civilizacional a ciência depara-se com três importantes "mistérios" ainda por resolver.
Com biliões de planetas com o tamanho da nossa Terra, a orbitar estrelas na “ zona habitável” (a região que nem é demasiado quente nem demasiado fria e que portanto permite a existência de água no estado líquido à superfície do planeta) será concebível que a Terra seja o único planeta com vida em toda a via láctea?
Felizmente já não precisamos de especular.
Pela primeira vez na história da humanidade, encontramo-nos na eventualidade de podermos responder a essa pergunta durante as próximas duas ou três décadas. (fig.1)
É desnecessário acrescentar que a descoberta de vida fora do sistema solar constituirá uma revolução que irá rivalizar com as revoluções de Copérnico e de Darwin somadas.
Figura 1. Desenho possivel do (ATLAST)
Advanced Technology Large-Aperture Space Telescope
que será capaz de detector bio-assinaturas nas atmosferas de exoplanetas.
Credito: Northrop Grumm an Aerospace Systems & NASA/STScI.
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Outro "mistério" relacionado com este é o da origem da vida.
II
A VELOCIDADE DA LUZ É O LIMITE?
Segundo a teoria da relatividade de Einstein, a velocidade da luz no vácuo (cerca de 300.000 km/s) é a velocidade máxima a que a matéria, a energia, ou a informação podem viajar. Se não fosse assim a lei da casualidade seria violada. Por outras palavras, os efeitos seriam observados antes das suas causas.
Mas isto não quer dizer que nada se possa movimentar mais rápido que a luz.
Por exemplo, o próprio Espaço/Tempo pode esticar-se a si próprio mais rápido do que a velocidade da luz, e na verdade, pelo menos aparentemente parece já o ter feito. Durante o breve período no inicio do nosso universo conhecido como “inflação cósmica”.
O entrelaçamento quântico (ou emparelhamento) é acompanhado por um fenómeno em que, pelo menos aparentemente, a informação é transmitida mais depressa do que a luz.
O fenómeno, observase quando a propriedade dum membro dum par de particulas entrelaçadas (ex. fotões que foram especialmente preparados em combinações de polarização; fig. 2) é verificada, o valor dessa propriedade para o outro membro do par pode ser determinado instantaneamente.
Uma simples analogia desta situação seria alguém colocar cada sapato de um par em caixas separadas sem dizer qual sapato estava em cada caixa. Depois uma caixa seria enviada para o Porto e outra ficaria em Lisboa. Obviamente assi que alguem abrisse a caixa e verificasse que continha o sapato esquerdo, instantaneamente, saberia que a caixa no Porto conteria o sapato direito.
As implicações precisas desta famigerada “assustadora acção à distância” estão a ser activamente pesquisadas.
Figura 2.O processo que divide fotões (particulas de radiação)
em pares entrelaçados com polarizações perpendiculares.
Credito: J-Wiki at en.wikipedia - Transferred from en.wikipedia.
Par de fotões "entrelaçados" ou "emparelhados"
segundo a teoria quântica
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ESTE ESPANTOSO VIDEO HD EXPLICA A TEORIA QUÂNTICA
e a sua maravilhosa e assustadora propriedade da acção à distância
DEPOIS DE A ENTENDER
VOCÊ NÃO VOLTARÁ MAIS A SER O MESMO
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III
Poderão os Humanos tornarem-se Imortais?
O facto de por fim todos morrermos, é um facto da vida, indesmentível.
A pesquisa da possibilidade de prolongamento da vida prossegue em várias frentes. Um desses esforços concentra-se no estudo duma enzima chamada telomerase.
Que se provou abrandar o declínio e prevenir a morte das células, ao fixar e reduzir a degradação das capas protectoras, nas extremidades dos cromossomas, (os telômeros; fig. 3) que doutra maneira terminariam a função de protecção, mais cedo, com o envelhecimento.
Experiências efectuadas em cobaias (ratos) nos últimos anos demonstraram uma inversão no processo de envelhecimento através duma reactivação dos telômeros
Se pode vir a ter o mesmo tipo de efeito nos humanos é ainda uma questão em aberto.
Figura 3. Cromossomas Humanos (a cinzento).
Os Telômeros são as pontas brancas.
Noutra direcção segue a pesquisa New England Centenarian Study, que examina em detalhe os genes de 2000 pessoas que chegaram à idade centenária, à procura das pistas da sua rara longevidade.
Por fim, alguns cientistas, como o cientista e futurista Ray Kurzweil, argumenta que a nanotecnologia poderá produzir minúsculos robots de manutenção que circularão pelo corpo humano em missão de reparação dos estragos induzidos pelo envelhecimento.
O que se pode concluir de todos estes “mistérios” é bem claro para mim. Não existe falta de áreas fascinantes de pesquisa em ciência, e mesmo que estes mistérios aqui listados sejam em breve solucionados, novos e emocionantes desafios emergirão destas respostas.
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