A INOVAÇÃO DA SOLIDÃO

Assim como é suposto esperarmos cada vez mais da tecnologia, também é suposto esperarmos, cada vez menos uns dos outros?

Um estudo efectuado por Sherry Turkle demonstra como os nossos gadgets e as nossas vidas (personalidades) online estão a redefenir as ligações e as relações humanas; e obrigam-nos a reflectir profundamente sobre os novos tipos de relacionamento que pretendemos vir a ter.

Eu partilho, logo existo é a nova maneira de encarar a vida neste novo milénio, mas se não cultivarmos a habilidade de enfrentar a nossa própria solidão, a habilidade de nos podermos separar para nos podermos reunir, acabaremos no isolamento total, apesar de termos a capacidade e os meios para poder estar ligados a tudo e a todos.

A solidão é o lugar onde nós nos encontamos connosco para podermos depois estar com outras pessoas e formar ligações reais. Quando não temos a capacidade para estarmos sózinhos, quando isso nos é insoportável e procuramos outras pessoas para simplesmente nos sentirmos vivos, então não somos capazes de apreciar quem elas são, é como se as estivessemos usando como peças sobressalentes para suportar a nossa própria fragilidade de ser.

Precisamos de nos concentrar, nas muitas maneiras em como a tecnologia digital nos pode trazer de volta às nossas vidas reais, aos nossos corpos, às nossas comunidades, às nossas politícas, ao nosso planeta, pois eles precisam de nós.

Vamos falar sobre como podemos usar a tecnologia digital, a tecnologia dos nossos sonhos, para fazer desta vida a vida que podemos amar.

POLICE - SO LONELY 1978

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