Quando numas férias em 2003 no meio do Oceano Atlântico
longe da civilização,sou brutalmente chamado de volta à sociedade do consumo
desenfreado e da ganância pelo lucro rápido, ao deparar com todo o tipo de
objectos espalhados pela areia branca das praias e nas águas tropicais da paradisíaca
ilha de Boa Vista no arquipélago de Cabo Verde.
o impacto de tamanho atentado primeiro entristece, depois ao saber através da
rede Natura 2000 que nesse paraíso subaquático, onde as baleias passam o
Inverno, as tartarugas morrem asfixiadas ao comerem sacos de plástico que tomam
por alforrecas, um dos seus alimentos preferidos, a reacção transforma-se em
repulsa e revolta, perante a total falta de responsabilidade das nações ditas
desenvolvidas, supostas lideres da evolução de toda a humanidade, mas cujas
indústrias destroem ecossistemas e poluem todo o planeta.
O tempo começa a escassear se realmente pretendemos legar um futuro risonho às novas gerações.
A Fundação Europeia Surfrider tem uma mensagem muito simples
acerca da cultura do consumo:
"Tu compras, o mar paga"
Esse é o lema por trás de uma nova campanha publicitária
para combater as 5.250.000.000.000 (5, 250 triliões) de partículas de plástico que
actualmente poluem os oceanos.
Segundo um press release da Surfrider, as acções humanas quotidianas
mais simples são as culpadas por esta situação.
São as cotonetes que se deitam na sanita, as micro esferas produzidas
ao retirar a cosmética e todos os produtos de limpeza que constantemente mandamos
pelo ralo abaixo, são as embalagens de plástico que envolvem, bolos, pães,
enfim quase tudo, e são obviamente, os sacos de plástico utilizados para
transportar todos esses produtos de plástico para fora da lojas.
A Surfrider quer que o público saiba que quem está a pagar o
preço por todo este consumo impulsivo, são os oceanos e a vida marinha, com uma
série de fotos poderosas:
Para comemorar o 20º aniversário das Iniciativas Oceânicas da
Fundação Europeia Surfrider, uniu-se, sem fins lucrativos, com a agência de
publicidade francesaYoung & Rubicam para criar os cartazes que apresentam
um argumento muito simples:
"26 milhões de toneladas de resíduos de embalagens de
plástico acabam nos oceanos todos os anos. Vamos mudar a nossa forma de
consumir."
Segundo um relatório do Programa das Nações Unidas para o
Ambiente, inúmeros animais marinhos são prejudicados ou mortos pela poluição
dos plásticos ao enroscarem-se neles ou ao ingeri-lo. O Centro para a
Diversidade Biológica alerta que, todos os, os peixes no Pacífico Norte ingerem
de 12.000 a 24.000 toneladas de plástico, e que centenas de milhares de aves
marinhas ingerem plástico acabando, finalmente, por morrer de fome.
"A poluição do oceano começa com a compra do objecto,
que acabará por ser descartado como lixo". As pessoas podem ajudar a
melhorar a saúde do oceano "adotando alguns comportamentos amigos do
ambiente; Reduzindo o consumo de produtos de plástico, reutilizando-os,
reciclagem de seus resíduos, e sobretudo recusando-se a aceitar a omnipresença
do plástico"
Medite sobre esta campanha de esclarecimento da Iniciativa
Oceano, e saiba como pode mudar os seus hábitos de consumo.
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