Este homem constrói esculturas vivas que se movem com o vento. Absolutamente genial!
Ele desenvolveu uma forma de arte absolutamente única chamada Animari.
Nunca ninguém viu nada parecido antes!
Estruturas feitas de tubos amarelos em plástico passeiam, movidas a vento, pelas praias da Holanda. Estes “animais de areia”, criados pelo artista Theo Jansen, são fruto de um complexo trabalho de engenharia e inspirados na teoria da evolução. Contudo, são também esculturas impressionantes, que apesar de aparentemente frágeis conseguem evitar obstáculos e resistir às tempestades.
Porém, nas praias da Holanda, o artista-engenheiro Jansen cria esculturas movidas a vento que fazem lembrar animais pré-históricos, numa expressão da chamada arte cinética.
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Os “animais de areia”, como o artista lhes chama (ou strandbeests, no original holandês), são pensados a partir de modelos computadorizados que permitem a Jansen optimizar os movimentos das estruturas. Desta forma, as esculturas ficam aptas a caminhar na areia, evitando obstáculos e conseguindo até recuar perante água, graças a mecanismos muito simples que se baseiam no código binário.
Inspirado na teoria da evolução de Darwin, o artista vai melhorando os seus "animais", por tentativa e erro. Depois de criar um “animal de areia” e observar o seu comportamento nas condições atmosféricas e geográficas das praias, Jansen declara a escultura como extinta e começa a trabalhar na próxima criação, corrigindo os problemas detectados no antecessor.
O objectivo final é que as esculturas consigam “sobreviver” por si próprias nas praias, sem ajuda de Theo Jansen. Por enquanto, o artista já conseguiu resolver a parte locomotiva das estruturas, o armazenamento de energia e a adaptação a condições adversas. As partes inferiores das esculturas, semelhantes a pernas, movem-se mantendo o eixo ao mesmo nível, para que a caminhada na areia seja facilitada.
Entretanto, no que Jansen chama “estômago dos animais”, estão colocadas várias garrafas vazias que vão armazenando ar para abastecimento energético. O ar comprimido será usado em alturas de pouco vento. Por fim, graças aos mecanismos simples feitos também com tubos de plástico, os animais de areia conseguem evitar a água e enterrar uma estaca na areia em períodos de fortes tempestades.
Como é possível? O primeiro mecanismo funciona à base de um tubo que, perto da areia, vai sugando ar. A partir do momento em que o tubo suga água, encontra resistência e faz com que toda a estrutura se desloque noutra direcção. Quanto às tempestades, o forte vento acciona um mecanismo semelhante a um martelo que enterra um tubo na areia, funcionando como âncora.
O princípio do movimento das suas estruturas
Animaris Siamesis
Agora, os seus animais de areia criam espanto e entusiasmo entre miúdos e graúdos. Apesar do efeito estético das esculturas, Jansen confessa que quando planeia um novo animal está mais preocupado com o seu funcionamento. Contudo, com a peça terminada, a beleza do animal assoma, mesmo que a parte funcional não esteja perfeita.
As criações de arte cinética alcançam o propósito estético quando estão em movimento ou têm partes móveis, quer através de vento, quer através de motores convencionais.
Para Theo Jansen, as fronteiras entre arte e engenharia estão apenas na nossa mente. Daí que o artista continue a trabalhar afincadamente no seu barracão de forma a produzir o animais de areia cada vez mais evoluídos. E, se passar por uma praia na Holanda, talvez o veja a brincar com uma das suas criações.
Jansen no Ted Talks
O mecanismo