Foi Lançado ontem em Lisboa no Hotel Fontecruz na av. da Liberdade em Lisboa, pela Chiado Editora o primeiro livro da poetisa Ana Carolina Martins, intitulado em Turco Uykusuz Venϋs isto é Vénus sem Sono.
Refiro-me a Ana Carolina Martins como Poetisa e não como “modernamente” mas duma forma muito redutora, se pretende englobar numa ordem assexuada todos os Poetas, quer eles pertençam à metade masculina ou feminina da Humanidade.
Para além da evidente diferença que o próprio
género imprime (inevitavelmente) na formação da visão do mundo, também o acto poético,
passa por sentir na pele quer do autor quer do leitor (duma forma claramente
sexual) o sabor, o cheiro, a temperatura, a forma e a musicalidade das palavras
que exprimem os mais profundos sentimentos e estados de alma.
como tal é da mais elementar justiça reconhecer a maternidade
(tal como a paternidade) da obra nascida no fundo do ser, que sente, apreende, absorve e tem
a capacidade de sofrer e jubilar, precisamente por não ser assexuado nem
normalizado mas antes individualizado na metade da humanidade em que lhe coube
em sorte nascer.
Ana Carolina Martins assumiu-se, ontem publicamente, pela 1ª vez como Poetisa.
Uma jovem Poetisa muito prometedora, acrescento eu.
112013
o mar enxuga a vista desmedida
como o manto quente
que me trazes quando estou triste
pergunto-te se ficas
a primeira resposta é vaga
mas acabas por dizer que ficas seis meses à experiência
concordo
Ana Carolina Martins
Uykusuz Venϋs