"Domesticação": a palavra a que se chegou!
Na sequência de texto ontem publicado, registo o apontamento de uma socióloga sobre os comportamentos desajustados dos alunos do ensino superior e o tolerantismo por parte de quem tem o dever de os controlar:
“... as reitorias nunca tiveram vontade de expulsar a praxe ou de a domesticar sequer, porque os reitores precisam de ter os alunos do seu lado”.
tirado do Rerum Natura
SOBRE AS PRAXES
Houve tempos em Coimbra em que não havia praxes, a Academia estava de luto por motivos políticos, como se sabe.
SOBRE AS PRAXES
Houve tempos em Coimbra em que não havia praxes, a Academia estava de luto por motivos políticos, como se sabe.
Praticamente ninguém usava o traje, até porque os raríssimos estudantes que se atreviam a tal eram muito mal vistos, quiçá mesmo marginalizados.
Quando essas tradições ressurgiram, muitos anos mais tarde depois do 25 de Abril, nunca foi atribuída especial importância
As humilhações e as atitudes de subserviência sempre me causaram repugnância, por isso revejo-me completamente neste artigo de José Pacheco Pereira, de que transcrevo algumas passagens:
...
Ao institucionalizar a obediência aos mais absurdos comandos, a humilhação dos caloiros perante os veteranos, a promessa era a do exercício futuro do mesmo poder de vexame, mostrando como o único conteúdo da praxe é o da ordem e do respeito pela ordem, assente na hierarquia do ano do curso. Mas quem respeita uma hierarquia ao ponto da abjecção está a fazer o tirocínio para respeitar todas as hierarquias. Se fores obediente e lamberes o chão, podes vir a mandar, quando for a tua vez, e, nessa altura, podes escolher um chão ainda mais sujo, do alto da tua colher de pau. És humilhado, mas depois vingas-te. "
O artigo completo aqui.
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