domingo, 27 de outubro de 2013

Lou Reed

Lou Reed Dead At 71


Jenny said, when she was just five years old

you know there's nothin' happening at all

Every time she put on the radio
there was nothin' goin' down at all
not at all


One fine mornin', she puts on a New York station

and she couldn't believe what she heard at all

She started dancin' to that fine-fine-fine-fine music
ooohhh, her life was saved by rock 'n' roll
hey baby, rock 'n' roll


Despite all the amputation 

you could dance to a rock 'n' roll station 

And it was all right 
it was all right 
hey babe


Jenny said, when she was just five years old
you know there's nothin' happening at all
Two TV sets, two Cadillac cars
ahhh, hey, ain't help me nothin' at all
not at all

One fine morning, she heard on a New York station
she couldn't believe what she heard at all
not at all


Despite the amputation

you could dance to a rock 'n' roll station

It was all right
it was all right
oh, now here she comes now-now

Jenny said, when she was just five years old
you know there's nothin' happening at all
Yeah, every time she put on the radio
there was nothin' goin' down at all
not at all

Then one fine morning, she put on a New York station

and she couldn't believe what she heard at all

She started dancing to that fine-fine music
ahh, her life was saved by rock 'n' roll
rock 'n' roll

Despite all the amputation

you could dance to the rock 'n' roll station

It's all right, all right

all right, all right

all right, it's all right
all right, all right
Baby, baby
baby, baby, ooohhh



LOU REED 

RIP

Mr. Reed


Sweet Jane Velvet Underground

sábado, 19 de outubro de 2013

155 anos antes do 1º gif animado

Cerca de 155 anos antes da CompuServe ter apresentado o primeiro gif animado em 1987 , o físico belga Joseph Plateau anunciou a  sua invenção chamada Phenakistoscope , um dispositivo que é considerado como o primeiro mecanismo para a verdadeira animação. 

O gadget, muito simples, (pode aprender como o fazer neste link) contou com a Persistência da visão ou persistência retiniana, como princípio para permitir a ilusão de imagens em movimento.


O phenakistoscope utiliza um disco giratório ligado verticalmente a um cabo (que serve para o segurar em posição). Dispostas em volta do centro desse disco (do lado contrário ao espectador) ficam uma série de desenhos mostrando as várias  fases da animação, e cortadas no disco uma série de fendas radiais espaçadas a intervalos certos.


O espectador gira o disco e olha através das fendas em movimento, a reflexão das imagens num espelho.

O Varrimento das imagens reflectidas através das fendas, impede que as imagens fiquem desfocadas pelo movimento rotativo e o espectador vê uma sucessão de imagens que parece ser uma única imagem em movimento.


Apesar de Plateau  ser creditado como o inventor do dispositivo , havia na época, inúmeros outros matemáticos e físicos que estavam a trabalhar em ideias semelhantes,e todos eles estavam era a desenvolver as ideias e a obra  do matemático grego Euclides e  de Sir Isaac Newton , que também tinha identificado os princípios que estão por trás do funcionamento do phenakistoscope .


Mas, que tipo de coisas é que as pessoas queriam ver animadas e despertavam a curiosidade e as "obrigavam" a espreitar para este dispositivo?


Bem, leões a comer pessoas. Mulheres transformando-se em bruxas. E outras imagens mais selvagens e psicadélicas, muito ao contrário dos gifs animados de hoje.


Incluiu-se aqui uma selecção de algumas das primeiras imagens animadas, várias das quais são cortesia  de Richard Balzer que as foi minuciosamente digitalizando de phenakistoscopes antigos.

Obrigado Richard Balzer 

vejam mais da sua coleção na tumblr

domingo, 13 de outubro de 2013

O tempo que as coisas levam...

O Tempo que as coisas levam para acontecer, viajar e a chegar. Já para não falar em mudar.

Piscinas de tristeza e ondas de alegria!
A busca pelo equilíbrio ressalta em "Across The Universe"
Uma canção dos Beatles do álbum "Let It Be"(Lennon/McCartney) de 1970

A 4 de Fevereiro de 2008, a NASA transmitiu "Across The Universe" em direcção à estrela Polar, situada a 431 anos-luz da Terra.

A transmissão foi feita através duma antena de rádio de 70 m em Madrid,para celebrar os 38 anos da canção, o 45º aniversário da Deep Space Network (DSN), e 50º aniversário da NASA.



Nesta viagem interestelar, viagem não-tripulada por um ser humano, "apenas" veículo que transporta os valores e símbolos duma civilização que produziu a cultura em que os Beatles nasceram, a famosa canção poderá ser descarregada e escutada em todo o sistema solar da Estrela Polar, à sua chegada no ano Terrestre de 2439 

 

Esta "rapidez" acontece porque as partículas/ondas rádio que compõem a codificação da Canção dos Beatles, viajam à velocidade da luz



O que de facto nos dá uma ideia das distâncias aqui em causa e da própria dimensão do Universo.



Nesse ainda longínquo ano que se passará neste Planeta? Ainda existirá a Humanidade que produziu tal cultura? Teremos colonizado alguns planetas? Teremos solucionado os nossos problemas Sociais, Éticos e Filosóficos?

Uma Coisa é certa! Para as dualidades  partícula/onda que compõem a canção "Across the Universe" o tempo não passa, e já lá estão no seu destino.

Devido à sua velocidade que provoca uma distorção espaço-temporal, o tempo deixou de existir no seu referencial, e em semelhança ao hipotético e humanamente desenhado "Deus", encontram-se em todo o lado no Universo neste preciso momento.


Across The Universe

Words are flowing out like endless rain into a paper cup
They slither while they pass they slip away across the universe
Pools of sorrow, waves of joy are drifting through my opened mind
Possessing and caressing me
Jai guru deva
Nothing's gonna change my world
Nothing's gonna change my world
Images of broken light which dance before me like a million eyes
They call me on and on across the universe
Thoughts meander like a restless wind inside a letterbox
They tumble blindly as they make their way across the universe
Nothing's gonna change my world
Nothing's gonna change my world
Nothing's gonna change my world
Nothing's gonna change my world

Jai guru deva
Jai guru deva






este é um Post Dumoc


sábado, 12 de outubro de 2013

Quadros em linha


Está on line o meu novo site que se chama justamente
Dumoc quadros em linha


a luz é mais antiga que o amor

Depois do meu curso tirado na CENJOR este Verão 
sobre produção e criação  de sites para internet,
 nos quentes meses de Julho, Agosto e Setembro 


Quero deixar um obrigado ao  Miguel CrespoPaulo RodriguesAna Pinto Martinho
e (last but not least) ao Gonçalo Brito, pela dedicação, empenho e paciência que aplicaram na transmissão de conhecimentos ao longo destes meses.
tenho o prazer de os convidar a todos para esta inauguração.
obrigado






domingo, 6 de outubro de 2013

carta para Deus

Salman Rushdie escreve carta para Deus



Como sei que grande parte dos  leitores deste blogue gostam destas controvérsias, pois entre os enigmas levantados pela fronteira da ciência e os levantados pela existência, venha o Diabo e escolha, não resisti a reproduzir a carta que foi dirigida a Deus por Salman Rushdie, assim como neste intróito incluir tanto Deus como o Diabo e deixar, o leitor amigo, escolher livremente.
Aqui vai ela.


Caro Deus,
Se Você existe, e se é como O descrevem — onisciente, onipresente e, acima de tudo, onipotente —, com certeza não irá tremer em seu assento celestial ao ser confrontado por um simples livro [“Os Versos Satânicos”] e seu escrevinhador, não é? Os grandes filósofos muçulmanos com frequência discordam em relação à Sua relação precisa com os homens e os atos humanos.
Ibn Sina (Avicena) argumentava que Você, por estar muito acima do mundo, limitava-se a tomar conhecimento dele em termos muito gerais e abstratos. Ghazali discordava. Qualquer Deus “aceitável ao islã” conheceria em minúcias tudo o que acontecesse sobre a superfície da terra e teria uma opinião a respeito.
Bem, Ibn Rushd não aceitava isso, como Você há de saber se Ghazali estivesse certo (e não saberá se quem tivesse razão fosse Ibn Sina ou Ibn Rushd). Para Ibn Rushd, a opinião de Ghazali tornava Você muito parecido com os homens — com os homens com suas discussões tolas, suas dissensões mesquinhas, seus pontos de vista triviais. Imiscuir-se nos assuntos humanos estaria abaixo de Você, e O diminuiria. Por isso, é difícil saber o que pensar.
Se Você é o Deus de Ibn Sina e Ibn Rushd, nesse caso nem sabe o que está sendo dito e feito neste exato momento em seu nome. No entanto, se Você é o Deus de Ghazali, e lê os jornais, vê a TV e toma partido em disputas políticas e até literárias, não acredito que pudesse fazer objeções a “Os Versos Satânicos”, ou a qualquer outro livro, por mais ignóbil que fosse. Que espécie de Todo-Poderoso poderia se deixar abalar pela obra de um homem? Ao contrário, Deus, se porventura Ibn Sina, Ghazali e Ibn Rushd estivessem todos errados e Você não existisse, também, nesse caso, Você não teria problemas com escritores e com livros.
Chego à conclusão de que minhas dificuldades não são com você, Deus, mas com Seus servos e seguidores no mundo. Uma famosa romancista me disse, certa vez, que tinha parado de escrever ficção durante algum tempo porque não gostava de seus admiradores. Fico a me perguntar se Você compreende a posição dela. Obrigado por Sua atenção (a menos que não esteja prestando atenção: Veja acima).
Salman Rushdie

(A carta foi retirada das páginas 276 e 277 do livro “Joseph Anton — Memórias”, de Salman Rushdie, Editora Companhia das Letras, tradução de Donaldson M. Garschagen e José Rubens Siqueira).