Para sonhar com um ano novo que mereça este nome,
você, meu caro,
tem de merecê-lo, tem de fazê-lo novo,
eu sei que não é fácil, mas tente,
experimente, consciente.
É dentro de você que o ano novo está latente
e espera desde sempre!
(Carlos Drummond de Andrade)
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
E se este ano não tiveres mais Natal
É a Ecónomia ESTÚPIDO!
Estas políticas [de austeridade] que efectuam cortes nas despesas do orçamento reduzem a dinâmica salarial, reduzem o emprego público e, por conseguinte, travam o consumo. Reduz-se a procura no preciso momento em que as empresas estão em subprodução, em que o desemprego é elevado, em que portanto temos uma capacidade industrial e humana subaproveitada.
É exactamente o contrário do que foi feito na anterior grande Depressão, quando o esforço de guerra, pôs toda a gente a trabalhar e a ganhar salários nas fábricas.
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
Feliz Natal (in many) Idiomas.
• Albanês – Gezur Krislinjden
• Alemão – Frohe Weihnachten
• Armênio – Shenoraavor Nor Dari yev Pari gaghand
• Basco – Zorionak
• Catalão – Bon Nadal
• Coreano – Chuk Sung Tan
• Croata – Sretan Božić
• Castelhano – Feliz Navidad ou Felices Pascuas
• Esperanto – Gajan Kristnaskon
• Finlandês – Hyvää joulua
• Francês – Joyeux Noël
• Grego – Καλά Χριστούγεννα
• Inglês – Merry Christmas ou Happy Christmas
• Italiano – Buon Natale
• Japonês – Merii Kurisumasu (adaptação de Merry Christmas)
• Mandarim – Kung His Hsin Nien
• Neerlandês – Prettig Kerstfeest
• Romeno – Sarbatori Fericite
• Russo – S prazdnikom Rozdestva Hristova
• Sueco – God Jul
• Ucraniano – Srozhdestvom Kristovym
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
domingo, 5 de dezembro de 2010
Are we living in the end times?
Slavoj Zizek, the philosopher and cultural critic, on the collapse of society and the failure of capitalism.
Segundo o conceituado filósofo Slavoj Zizek, o sistema capitalista está a empurrar todos nós na direcção dum apocalíptico extermínio.
Saudades do Futuro: 2020
Segundo o conceituado filósofo Slavoj Zizek, o sistema capitalista está a empurrar todos nós na direcção dum apocalíptico extermínio.
“…nunca nos devemos esquecer que neo-liberalismo, não é uma prática económica é uma ideologia, os países que se proclamam pró liberal estão todos a infringir as regras.
Nos Países Escandinavos, de longe os mais igualitários do mundo, onde o usual fosso entre o salário mais alto e o mais baixo nas companhias é de 4 para 1 e onde ainda se tem os melhores serviços de cuidados médicos e segurança social do mundo,
ao mesmo tempo estes países estão no topo da competitividade do mercado, logo a seguir de Singapura e Hong-Kong, o que é uma prova clara e empírica que um espírito igualitário, segurança social, cuidados médicos, etc.
Nos Países Escandinavos, de longe os mais igualitários do mundo, onde o usual fosso entre o salário mais alto e o mais baixo nas companhias é de 4 para 1 e onde ainda se tem os melhores serviços de cuidados médicos e segurança social do mundo,
e aí vem a surpresa,
ao mesmo tempo estes países estão no topo da competitividade do mercado, logo a seguir de Singapura e Hong-Kong, o que é uma prova clara e empírica que um espírito igualitário, segurança social, cuidados médicos, etc.
não põe em perigo, necessariamente a competitividade.”
aos 20:00
O Ocidente e a resposta neo liberal está em negação!
éramos felizes
____________________________________________
pode gostar também de:
terça-feira, 30 de novembro de 2010
domingo, 28 de novembro de 2010
MARGARET MEAD: das tribos primitivas à revolução sexual feminina
publicado em recortes por João Lobato em 23 nov 2010
Quem iria imaginar que uma das maiores influências para a revolução sexual feminina estava escondida nas pacatas tribos primitivas do Pacífico Sul? O dedo pode ser apontado a Margaret Mead, uma aventureira cujos estudos antropológicos, na primeira metade do século passado, iriam minar a idílica imagem da família tradicional do Ocidente.
Nascida em 1901, nos EUA, a vida atribulada de Mead passou por três casamentos, seguidos dos respectivos divórcios, e por dois casos amorosos com mulheres. Para uma sociedade americana que até aos anos 60 do século passado era bastante conservadora, a sua vida privada constituía um verdadeiro escândalo.
Mas desde cedo Mead se revelou uma rapariga incomum. Não só se apaixonou pela antropologia, como decidiu, aos 22 anos, ir viver para a Samoa Americana (no Pacífico Sul), para aí realizar vários estudos de campo. Não foi de admirar que muitos homens se interrogassem sobre o que fazia uma jovem mulher branca no meio de uma horda de bárbaros, em vez de estar em casa a cozinhar para o marido.
A resposta cai como um relâmpago em 1928, quando a antropóloga regressa ao Ocidente para escrever um dos mais polémicos (e vendidos) livros da época: Adolescência, sexo e cultura em Samoa.
Na sua obra revolucionária, a antropóloga faz tiro ao alvo com a ideia preconcebida de que os problemas que nos angustiam na juventude se devem à natureza da adolescência. Ao analisar algumas aldeias tribais, constata, com grande espanto, que a passagem da infância à adolescência era aí feita com absoluta tranquilidade, sem traços da angústia ou confusão tão típicas no Ocidente. Conclusão: esqueçam as borbulhas na cara, afinal os problemas da adolescência tinham uma origem nas exigências e expectativas culturais da sociedade.
A polémica estala quando Mead vai ainda mais longe e descreve a forma como as jovens mulheres samoanas tinham o hábito de adiar o casamento por muitos anos, de modo a desfrutarem do sexo ocasional. Só depois de se casarem é que assentavam e tinham filhos.
Este retrato radical da sexualidade feminina teve o condão de revirar o estômago a muitos leitores (tal como a alguns colegas antropólogos), os quais não perderam tempo a qualificar a obra como um mero “livro de sexo”, acusando a autora de ter uma mentalidade “suja”.
Indiferente às críticas e ansiosa por mais peripécias capazes de fazer estalar o verniz do socialmente correcto, a investigadora americana contornou de novo o globo e instalou-se na Nova Guiné. Sem o saber, estava a preparar uma nova bomba antropológica, desta vez para implodir o orgulho masculino.
Em 1935, publica o livro Sexo e temperamento em três sociedades primitivas, outro best-seller controverso. A questão agora espicaçada era: seriam as diferenças entre o homem e a mulher meramente biológicas? Depois de ter estudado e analisado três tribos primitivas, culturalmente diferentes, a resposta científica redundou num atónito não.
Na primeira tribo analisada, Mead verificou que tanto os homens como as mulheres eram de temperamento pacífico. Por contraste, na segunda tribo os dois géneros já tinham uma atitude guerreira.
E eis que, na terceira e última, constatou-se o caso mais curioso: os homens passavam a maior parte do tempo a ornamentarem-se para ficarem bonitos, perdendo tempo com futilidades, enquanto as mulheres trabalhavam arduamente e eram práticas – o completo oposto do que era comum ocorrer em princípios do século XX, no mundo ocidental.
Perante este e outros factos, Mead foi pioneira ao propor que as características masculinas e femininas reflectiam as influências culturais e sociais, não se limitando às diferenças biológicas.
A formidável visão de superioridade que os homens tinham de si caía, assim, no maior dos ridículos, enquanto o feminismo ganhava um importante balão de oxigénio.
Em 1978, já uma figura super-mediatizada e aplaudida como uma das maiores antropologistas de sempre, acabou por falecer. Atrás de si deixa um legado repleto de argumentos científicos que iriam apoiar as revoluções sexuais e culturais dos anos 60. A forma de encarar a diferença de género não voltaria a ser a mesma… e os pais mais conservadores ganharam razões para ter maiores dores de cabeça em relação aos filhos.
SEXUAL HEALING
Saudades do Futuro:
Quem iria imaginar que uma das maiores influências para a revolução sexual feminina estava escondida nas pacatas tribos primitivas do Pacífico Sul? O dedo pode ser apontado a Margaret Mead, uma aventureira cujos estudos antropológicos, na primeira metade do século passado, iriam minar a idílica imagem da família tradicional do Ocidente.
Nascida em 1901, nos EUA, a vida atribulada de Mead passou por três casamentos, seguidos dos respectivos divórcios, e por dois casos amorosos com mulheres. Para uma sociedade americana que até aos anos 60 do século passado era bastante conservadora, a sua vida privada constituía um verdadeiro escândalo.
Mas desde cedo Mead se revelou uma rapariga incomum. Não só se apaixonou pela antropologia, como decidiu, aos 22 anos, ir viver para a Samoa Americana (no Pacífico Sul), para aí realizar vários estudos de campo. Não foi de admirar que muitos homens se interrogassem sobre o que fazia uma jovem mulher branca no meio de uma horda de bárbaros, em vez de estar em casa a cozinhar para o marido.
A resposta cai como um relâmpago em 1928, quando a antropóloga regressa ao Ocidente para escrever um dos mais polémicos (e vendidos) livros da época: Adolescência, sexo e cultura em Samoa.
Na sua obra revolucionária, a antropóloga faz tiro ao alvo com a ideia preconcebida de que os problemas que nos angustiam na juventude se devem à natureza da adolescência. Ao analisar algumas aldeias tribais, constata, com grande espanto, que a passagem da infância à adolescência era aí feita com absoluta tranquilidade, sem traços da angústia ou confusão tão típicas no Ocidente. Conclusão: esqueçam as borbulhas na cara, afinal os problemas da adolescência tinham uma origem nas exigências e expectativas culturais da sociedade.
A polémica estala quando Mead vai ainda mais longe e descreve a forma como as jovens mulheres samoanas tinham o hábito de adiar o casamento por muitos anos, de modo a desfrutarem do sexo ocasional. Só depois de se casarem é que assentavam e tinham filhos.
Este retrato radical da sexualidade feminina teve o condão de revirar o estômago a muitos leitores (tal como a alguns colegas antropólogos), os quais não perderam tempo a qualificar a obra como um mero “livro de sexo”, acusando a autora de ter uma mentalidade “suja”.
Indiferente às críticas e ansiosa por mais peripécias capazes de fazer estalar o verniz do socialmente correcto, a investigadora americana contornou de novo o globo e instalou-se na Nova Guiné. Sem o saber, estava a preparar uma nova bomba antropológica, desta vez para implodir o orgulho masculino.
Em 1935, publica o livro Sexo e temperamento em três sociedades primitivas, outro best-seller controverso. A questão agora espicaçada era: seriam as diferenças entre o homem e a mulher meramente biológicas? Depois de ter estudado e analisado três tribos primitivas, culturalmente diferentes, a resposta científica redundou num atónito não.
Na primeira tribo analisada, Mead verificou que tanto os homens como as mulheres eram de temperamento pacífico. Por contraste, na segunda tribo os dois géneros já tinham uma atitude guerreira.
E eis que, na terceira e última, constatou-se o caso mais curioso: os homens passavam a maior parte do tempo a ornamentarem-se para ficarem bonitos, perdendo tempo com futilidades, enquanto as mulheres trabalhavam arduamente e eram práticas – o completo oposto do que era comum ocorrer em princípios do século XX, no mundo ocidental.
Perante este e outros factos, Mead foi pioneira ao propor que as características masculinas e femininas reflectiam as influências culturais e sociais, não se limitando às diferenças biológicas.
A formidável visão de superioridade que os homens tinham de si caía, assim, no maior dos ridículos, enquanto o feminismo ganhava um importante balão de oxigénio.
Em 1978, já uma figura super-mediatizada e aplaudida como uma das maiores antropologistas de sempre, acabou por falecer. Atrás de si deixa um legado repleto de argumentos científicos que iriam apoiar as revoluções sexuais e culturais dos anos 60. A forma de encarar a diferença de género não voltaria a ser a mesma… e os pais mais conservadores ganharam razões para ter maiores dores de cabeça em relação aos filhos.
______________________________________________________
poderá também gostar de:
sábado, 27 de novembro de 2010
Carlos Bica um Músico Genial
Hoje Carlos Bica, João Paulo e Mário Delgado, que formam o projecto Matéria-Prima, Deram um Concerto Fantástico e à Borlex Na FNAC Chiado.
Uma Centena de felizardos, poderam deleitar-se ao som do mais genial músico Português da actualidade.
Os temas de uma originalidade surpreendente, contagiam no ritmo, elevam-nos na beleza, transportam-nos numa alegria, espicaçam-nos com a inovação e divertem-nos com ironia e boa disposição.
Carlos Bica atravessa um momento particularmente feliz de criatividade e presenteou a audiência com autenticas pérolas.
Uma Centena de felizardos, poderam deleitar-se ao som do mais genial músico Português da actualidade.
Os temas de uma originalidade surpreendente, contagiam no ritmo, elevam-nos na beleza, transportam-nos numa alegria, espicaçam-nos com a inovação e divertem-nos com ironia e boa disposição.
Carlos Bica atravessa um momento particularmente feliz de criatividade e presenteou a audiência com autenticas pérolas.
Clique no link para comprovar o que acabo de afirmar.
DC - album MATÉRIA PRIMA
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
Recibos Verdes
Pedro Passos Coelho não é "loira"
é distraída
Ainda assim, exige que precários com baixos rendimentos façam tudo o que ele não fez: que entendam as regras e que as cumpram, sob pena de severas consequências.
É esta a estranha moral de um primeiro-ministro, que decreta um suposto rigor para quem está em dificuldades, mas reserva para si todas as facilidades.
_____________________________________
sábado, 4 de setembro de 2010
NASA quer entrar na atmosfera do Sol
o sonho de Ícaro, que era o de chegar à origem (o Sol era uma divindade na antiguidade) que proporciou a base existencial do sistema que mais tarde permitiu o suporte da vida e da sua evolução até ao estado de consciência actual que permite esta exploração espacial, vai ser realidade!Que longo caminho foi percorrido, podemos chegar tão lonje porque caminhamos nos ombros dos gigantes que nos precederam e desbravaram caminho para nós. Se ao menos podessemos (e soubessemos) gerir o nosso planeta e as sociedades tão eficazmente como o fazemos com o conhecimento que vamos adquirindo...
http://www.publico.pt/Ciências/nasa-quer-entrar-na-atmosfera-do-sol_1454338#Comentarios
http://www.publico.pt/Ciências/nasa-quer-entrar-na-atmosfera-do-sol_1454338#Comentarios
domingo, 8 de agosto de 2010
O Raio Verde
Em certos Por do Sol, quando não há nuvens e se consegue ter uma vista nítida da linha do horizonte a Oeste, talvez consiga ver um estranho, raro e inspirador efeito "pirotécnico".
No preciso momento que a ultima porção do arco superior do disco solar toca a linha do horizonte, os comprimentos de onda mais longos da luz solar, os Vermelhos, já se "puseram" e a maioria dos comprimentos de onda da luz, os Laranjas e os Amarelos são absorvidos pela atmosfera.
Se também acontecer que haja camadas invertidas de ar morno e frio por cima suficientes para produzirem alguma turbulência, isso irá dispersar para cima os comprimentos de onda mais curtos da luz, os Azuis, Índigo e Violeta, ficando somente o comprimento de onda VERDE.
Produzindo um vivo e deslumbrante Flash de luz verde.
No preciso momento que a ultima porção do arco superior do disco solar toca a linha do horizonte, os comprimentos de onda mais longos da luz solar, os Vermelhos, já se "puseram" e a maioria dos comprimentos de onda da luz, os Laranjas e os Amarelos são absorvidos pela atmosfera.
Se também acontecer que haja camadas invertidas de ar morno e frio por cima suficientes para produzirem alguma turbulência, isso irá dispersar para cima os comprimentos de onda mais curtos da luz, os Azuis, Índigo e Violeta, ficando somente o comprimento de onda VERDE.
Produzindo um vivo e deslumbrante Flash de luz verde.
Pestaneje e perdê-lo-á
Veja-o e sentir-se-á inspirado e transformado.
"À beira-mar, quando o sol cai no poente
(como um gladiador ensanguentado
que tomba envolto no reflexo ardente
de um velário de púrpura e brocado)
emite um raio verde, - adeus alado,
lucilação final de um fogo ingente.
Sombras depois... E enfim, no céu magoado
abre seu pálio a Noite, lentamente...
Este livrinho - em pôr-do-sol tristonho,
sem o doirado rosicler da Esp'rança
nem a bruma eucarística do Sonho -
e o RAIO VERDE que o meu estro lança
- pequenina esmeralda que eu deponho
nas pequeninas mãos de uma criança..."
O Raio Verde, Campo Monteiro
(-últimos versos-) 1933
segunda-feira, 26 de julho de 2010
Algo no meio do Nada
Falar de NADA é NADA trivial, se me perdoarem a redundância.
Exemplo.
Se o núcleo atómico tivesse 1cm de diâmetro, então o electrão, que completa o átomo, estaria a 1km de distância do núcleo.
E entre o núcleo e a periferia do átomo? O que existe lá? NADA!
Entre a Terra e o Sol, existe uma distância de 150milhões de KM, mas o que existe entre nós e o Sol?
Dois planetas, mais alguma poeira cósmica.
Podemos designar o espaço entre nós e o astro rei com um simplório NADA!
Agora, pare e pense.
Aonde vivemos? Na Terra!
E onde está ela? no meio do NADA!
Do que somos feitos? De átomos! E eles? São feitos de quê? de NADA!
Então quando sentires aquele vazio dentro de ti, acredita, ele realmente está lá!
Quando olhares para as estrelas no céu e achares que estás no meio do NADA, pois é...
acertou mais uma vez!
Podemos concluir que somos NADA, vivendo no meio do NADA!
Que depre esse papo ein?! Total,
mas o meu ponto é:
Não podemos saber o que somos, se não soubermos do que somos feitos.
Não podemos saber o que queremos, se não soubermos o nosso lugar no mundo.
Eu tenho 53 anos e pergunto (quase) todos os dias: aonde estarei daqui a um ano?
daqui a uma década?
daqui a um século?
Acredito também que não podemos saber para onde vamos, se não soubermos de onde viemos,
mas isso pode ficar para depois...
É de nada que somos feitos e é no meio do nada que vivemos, então para quê matar a cabeça a pensar? Para não sermos nada no meio do nada! para tentar fazer esse pedaço de nada um pouco melhor, para que o nada que existe dentro de nós possa ser preenchido com sentimentos bons construtivos e positivos.
Bem, parece-me que consegui demonstrar o meu ponto de vista a respeito de NADA.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a ignorância humana
e quanto à primeira não tenho bem a certeza”
(Albert Einstein)
sábado, 3 de abril de 2010
Saramago e todas as Putas (só aquelas que pariram politicos)
"Regressados de uma viagem à Argentina e Bolívia, os meus cunhados María e Javier trazem-me o jornal Clarín de 30 de Agosto.
Aí vem a notícia de que vai ser apresentada ao Parlamento peruano uma nova lei de turismo que contempla a possibilidade de entregar a exploração de zonas arqueológicas importantes, como Machu Picchu e a cidadela pré-incaica de Chan-Chan, a empresas privadas, mediante concurso internacional.
Clarin chama a isto "la loca carrera privatista de Fujimori". O autor da proposta de lei é um tal Ricardo Marcenaro, residente da Comissão de Turismo e telecomunicações e Infra-Estrutura do Congresso peruano, que alega o seguinte, sem precisar da tradução: " En vista de que el Estado no ha administrado bien nuestras zonas
arqueológicas – qué pasaría si las otorgaramos a empresas especializadas en otros países con gran efectividad?"
A mim parece-me bem.
Privatize-se Machu Picchu, privatize-se Chan Chan, privatize-se a Capela Sistina, privatize-se o Pártenon, privatize-se o Nuno Gonçalves, privatize-se a Catedral de Chartres, privatize-se o Descimento da Cruz, de Antonio da Crestalcore, privatize-se o Pórtico da Glória de Santiago de Compostela, privatize-se a Cordilheira dos Andes,
privatize-se tudo,
privatize-se o mar e o céu,
Privatize-se Machu Picchu, privatize-se Chan Chan, privatize-se a Capela Sistina, privatize-se o Pártenon, privatize-se o Nuno Gonçalves, privatize-se a Catedral de Chartres, privatize-se o Descimento da Cruz, de Antonio da Crestalcore, privatize-se o Pórtico da Glória de Santiago de Compostela, privatize-se a Cordilheira dos Andes,
privatize-se tudo,
privatize-se o mar e o céu,
privatize-se a água e o ar,
privatize-se a justiça e a lei,
privatize-se a nuvem que passa,
privatize-se o sonho,
sobretudo se for diurno e de olhos abertos.
E, finalmente, para florão e remate de tanto privatizar,
privatize-se a justiça e a lei,
privatize-se a nuvem que passa,
privatize-se o sonho,
sobretudo se for diurno e de olhos abertos.
E, finalmente, para florão e remate de tanto privatizar,
privatizem-se os Estados,
entregue-se por uma vez a exploração deles a
entregue-se por uma vez a exploração deles a
empresas privadas, mediante concurso internacional.
Aí se encontra a salvação do mundo...
E, já agora,
privatize-se também a puta que os pariu a todos."
Aí se encontra a salvação do mundo...
E, já agora,
privatize-se também a puta que os pariu a todos."
Cadernos de Lanzarote - Diário III, págs. 147/8
____________________________________________________
poderá também gostar de:
sexta-feira, 2 de abril de 2010
Déjà Vu
Ao ouvir José Sócrates parece que estamos a rever um daqueles filmes do assustador neo-realismo português, Sócrates não nos responde com a realidade, nem sequer a descreve, foge dela a sete pés. Em alternativa, a única que nos concede, imagina um mundo e trata de nos descrever a referida fantasia agora com contornos de romance tecnológico e termina sempre com a inevitável lição moral aos que o invejam, aos que não percebem certamente por teimosia ou pura estupidez, que o futuro será maravilhoso.
segunda-feira, 29 de março de 2010
Viva Portugal
ANTES DA GRÉCIA
«O título no PÚBLICO de 25 de Março 2010 não dizia tudo: "Eurolândia aceita reforçar a disciplina da moeda única em troco de mecanismo de defesa de ajuda financeira à Grécia".
Na fotografia, Durão Barroso apontava as pestanas ao dossier de Van Rompuy, enquanto, do outro lado, Zapatero alcançava um copo, porventura para beber um copo daquele Anis Seco Especial da Alcoholera de Chinchón que tem 70 graus: mais 30 do que um whiskey vulgar. Como diz a bela garrafeira espanhola Lavinia.es: "El anís de Chinchón más singular gracias a su alta graduación y su intensidad aromática. En boca es ligeramente ardiente, con notable presencia anisada y buen cuerpo".
A Grécia é nossa comadre. Somos de tamanhos pequenos. Durão Barroso tem sido um nosso fiel agente secreto. Se a Grécia for salva - sendo ainda mais pequena, pecaminosa, antipática, corrupta e endividada do que nós -, a nossa salvação está garantida.
O socorro dos países maiores - a Espanha e a Itália - sai mais caro. É mais fácil e vistoso salvar os pequeninos. Os grandes - a Polónia, a futura Turquia - estão lixados.
Devemos estar com a Grécia e com a Irlanda. Somos salváveis porque somos pequenos. Somos estouvados porque somos periféricos. Nós somos os filhos. Eles são os pais. Eles que resolvam esta merda. A culpa pode ser nossa, mas o problema é deles.
Hoje é a Grécia; amanhã seremos nós. Nas calmas. Mas a Itália e a Espanha serão, graças a Deus, bicos-de-obra.» HEHE
«O título no PÚBLICO de 25 de Março 2010 não dizia tudo: "Eurolândia aceita reforçar a disciplina da moeda única em troco de mecanismo de defesa de ajuda financeira à Grécia".
Na fotografia, Durão Barroso apontava as pestanas ao dossier de Van Rompuy, enquanto, do outro lado, Zapatero alcançava um copo, porventura para beber um copo daquele Anis Seco Especial da Alcoholera de Chinchón que tem 70 graus: mais 30 do que um whiskey vulgar. Como diz a bela garrafeira espanhola Lavinia.es: "El anís de Chinchón más singular gracias a su alta graduación y su intensidad aromática. En boca es ligeramente ardiente, con notable presencia anisada y buen cuerpo".
A Grécia é nossa comadre. Somos de tamanhos pequenos. Durão Barroso tem sido um nosso fiel agente secreto. Se a Grécia for salva - sendo ainda mais pequena, pecaminosa, antipática, corrupta e endividada do que nós -, a nossa salvação está garantida.
O socorro dos países maiores - a Espanha e a Itália - sai mais caro. É mais fácil e vistoso salvar os pequeninos. Os grandes - a Polónia, a futura Turquia - estão lixados.
Devemos estar com a Grécia e com a Irlanda. Somos salváveis porque somos pequenos. Somos estouvados porque somos periféricos. Nós somos os filhos. Eles são os pais. Eles que resolvam esta merda. A culpa pode ser nossa, mas o problema é deles.
Hoje é a Grécia; amanhã seremos nós. Nas calmas. Mas a Itália e a Espanha serão, graças a Deus, bicos-de-obra.» HEHE
Parecer:
Por Miguel Esteves Cardoso.
Despacho do Dumoc:
«Afixe-se.»
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
Urgente: Procura-se Pessoa Idónea para governar o País
Pretende-se alguém Honesto, amante da verdade e que não tenha família(s) nem ligações...
Para evitar a queda ao abismo a que uns "quantos" inconscientes ( para não chamar gatunos)
nos querem empurrar.
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
12 de Fevereiro a 18 de Março 2010
EXPOSIÇÃO DE ORIGINAIS DO FILME "DESASSOSSEGO" DE LORENZO DEGL' INNOCENTI
Uma parceria Museu da Marioneta / Monstra - Festival de Animação de Lisboa
O CINEMA DE ANIMAÇÃO ESTÁ DE VOLTA AO MUSEU DA MARIONETA!
Horário: 3ª a Domingo - 10h00 / 13h00 - 14h00 / 18h00
Entrada Livre
Viagem aos bastidores do cinema de animação a partir das personagens da primeira curta de animação de volumes de Lorenzo Degl'Innocenti “Desassossego”. O filme de 20 minutos, uma produção da Sardinha em Lata e da IB Cinema, conta-nos a história de Ivan, um frustrado empregado de charcutaria preso à tradição familiar que sonha desesperadamente em abrir uma loja onde possa vender e desenhar os seus próprios móveis. À medida que o tempo passa, Ivan começa a desenhar móveis, mas a clientela frequente da chacutaria não lhe permite levar avante os seus desenhos. O Museu da Marioneta expõe, assim, a caricata história de Ivan permitindo ao público conhecer os bastidores da curta de animação. Cenários, desenhos, marionetas, materiais de película e muitos adereços permitem entender o trabalho que está por trás de uma obra de animação.
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
Afinal o que importa
Afinal o que importa não é a literatura
nem a crítica de arte nem a câmara escura
Afinal o que importa não é bem o negócio
nem o ter dinheiro ao lado de ter horas de ócio
Afinal o que importa não é ser novo e galante
— ele há tanta maneira de compor uma estante!
Afinal o que importa é não ter medo: fechar os olhos frente ao
precipício
e cair verticalmente no vício
Não é verdade, rapaz? E amanhã há bola
antes de haver cinema madame blanche e parola
Que afinal o que importa não é haver gente com fome
Porque assim como assim ainda há muita gente que come
Que afinal o que importa é não ter medo
de chamar o gerente e dizer muito alto ao pé de muita gente:
Gerente! Este leite está azedo!
Que afinal o que importa é pôr ao alto a gola do peludo
à saída da pastelaria, e lá fora — ah, lá fora! — rir de tudo
No riso admirável de quem sabe e gosta
ter lavados e muitos dentes brancos à mostra
Mário Cesariny
nem a crítica de arte nem a câmara escura
Afinal o que importa não é bem o negócio
nem o ter dinheiro ao lado de ter horas de ócio
Afinal o que importa não é ser novo e galante
— ele há tanta maneira de compor uma estante!
Afinal o que importa é não ter medo: fechar os olhos frente ao
precipício
e cair verticalmente no vício
Não é verdade, rapaz? E amanhã há bola
antes de haver cinema madame blanche e parola
Que afinal o que importa não é haver gente com fome
Porque assim como assim ainda há muita gente que come
Que afinal o que importa é não ter medo
de chamar o gerente e dizer muito alto ao pé de muita gente:
Gerente! Este leite está azedo!
Que afinal o que importa é pôr ao alto a gola do peludo
à saída da pastelaria, e lá fora — ah, lá fora! — rir de tudo
No riso admirável de quem sabe e gosta
ter lavados e muitos dentes brancos à mostra
Mário Cesariny
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
um espirito livre: Manuel Serra
Sempre foi um Espírito LIVRE de riso franco e aberto.
Morreu domingo 31 Janeiro 2010
Descansa em paz
Nobre Guerreiro
Tive muito gosto em te ter conhecido, Manuel
Ouvir as tuas magnificas histórias,
Aprender e sonhar contigo a liberdade.
Não esquecerei, nunca, o teu riso.
Manuel Serra 1932 - 2010
Nós os que para aqui ficamos
entre lágrimas, desertos e porquês,
separados daqueles que amamos
em lista de espera prá nossa vez.
domingo, 24 de janeiro de 2010
Haiti, o Terramoto e "deus" ou Between God and a Hard Place
A História dos homens é a História dos seus desentendimentos com deus, nem ele nos entende a nós, nem nós o entendemos a ele.
James Wood escreve sobre Deus e o terramoto no "New York Times" de hoje.Começa assim:
"In the 18th century, the genre of “earthquake sermon” was good business. Two small shocks in London, in 1750, sent the preachers to their pulpits and pamphlets. The bishop of London blamed Londoners’ lewd behavior; the bishop of Oxford argued that God had woven into his grand design certain incidents to alarm us and shake us out of our sin. In Bloomsbury, the Rev. Dr. William Stukeley preached that earthquakes are favored by God as the ultimate sign of his wrathful intervention.Five years later, when Lisbon was all but demolished by an enormous earthquake, the unholy refrain was heard again — one preacher even argued that the people of Lisbon had been relatively fortunate, for God had spared more people than he had killed. It was the Lisbon earthquake that prompted Voltaire to attack Leibniz’s metaphysical optimism, in which all is for the best in the best of all possible worlds. Theodicy, which is the justification of God’s good government of the world in the face of evil and pain, was suddenly harder to practice. But the preachers kept at it. “There is no divine visitation which is likely to have so general an influence upon sinners as an earthquake,” wrote the founder of Methodism, John Wesley, in 1777."
Ler o resto aqui http://www.nytimes.com/2010/01/24/opinion/24wood.html?th&emc=th
James Wood escreve sobre Deus e o terramoto no "New York Times" de hoje.Começa assim:
"In the 18th century, the genre of “earthquake sermon” was good business. Two small shocks in London, in 1750, sent the preachers to their pulpits and pamphlets. The bishop of London blamed Londoners’ lewd behavior; the bishop of Oxford argued that God had woven into his grand design certain incidents to alarm us and shake us out of our sin. In Bloomsbury, the Rev. Dr. William Stukeley preached that earthquakes are favored by God as the ultimate sign of his wrathful intervention.Five years later, when Lisbon was all but demolished by an enormous earthquake, the unholy refrain was heard again — one preacher even argued that the people of Lisbon had been relatively fortunate, for God had spared more people than he had killed. It was the Lisbon earthquake that prompted Voltaire to attack Leibniz’s metaphysical optimism, in which all is for the best in the best of all possible worlds. Theodicy, which is the justification of God’s good government of the world in the face of evil and pain, was suddenly harder to practice. But the preachers kept at it. “There is no divine visitation which is likely to have so general an influence upon sinners as an earthquake,” wrote the founder of Methodism, John Wesley, in 1777."
Ler o resto aqui http://www.nytimes.com/2010/01/24/opinion/24wood.html?th&emc=th
sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
Encontro Nacional de Profissionais e Amigos da Animação
Dodu o rapaz de cartão
“Dodu – O Rapaz de Cartão” realizada por José Miguel Ribeiro e escrita por Virgílio Almeida,
a mesma dupla de “A suspeita” e “Um Passeio de Domingo”, e que se encontra actualmente em pré-produção.
Segundo Virgílio Almeida, esta é uma série pensada para crianças até aos 5 anos e respectiva família, que conta as histórias de Dodu, um rapaz de cartão, que ao lado da sua amiga,uma joaninha, viajará pelos fantásticos universos da sua imaginação.
A série é feita inteiramente com cartão reciclado (excepto a joaninha que é uma carica)e a sua finalidade principal consiste no desenvolvimento da inteligência emocional das crianças.
Não recorre a diálogos mas apresenta uma partitura musical muito marcada que se encontra a cargo do compositor Fernando Mota, o qual não só explora
instrumentos musicais de vários continentes como cria alguns dos seus instrumentos.
A série foi recentemente seleccionada para o “ Fórum Cartoon 2009 ” realizado na Noruega naquele que é um dos mercados mais importantes da indústria de cinema de animação europeia recebendo críticas muito favoráveis por parte de várias produtoras televisivas entre as quais
Nickelodeon Walt Disney BBC Children
Dodu – O Rapaz de Cartão - aparenta ter tudo para singrar
não só a nível nacional como internacional no mundo da animação
Eu tenho a honra de fazer a direcção de fotografia.
Nickelodeon Walt Disney BBC Children
Dodu – O Rapaz de Cartão - aparenta ter tudo para singrar
não só a nível nacional como internacional no mundo da animação
Eu tenho a honra de fazer a direcção de fotografia.
Subscrever:
Mensagens (Atom)